O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje em Luanda que os dirigentes angolanos deveriam ter sido galardoados com o Prémio Nobel da Paz pela “experiência extraordinária” de Angola após a guerra civil. Durante uma palestra na Academia Diplomática Venâncio de Moura (ADVM), Ramos-Horta destacou a integração das forças armadas, a reconciliação e a ausência de perseguições aos adversários como pontos-chave que merecem reconhecimento internacional.
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“Os derrotados aceitaram integrar o país, não houve perseguições e por isso penso que os dirigentes angolanos deveriam ter recebido o Prémio Nobel da Paz pelo que todos fizeram após a guerra aqui”, declarou.
Ramos-Horta também mencionou também o ex-presidente angolano José Eduardo dos Santo: “Eu diria que o autor de todo esse processo foi José Eduardo dos Santos [ex-presidente angolano que morreu há dois anos], foi ele que recebeu o país a seguir à morte de Agostinho Neto [primeiro Presidente de Angola] e enfrentou os desafios da guerra e assinou a paz”, afirmou.
O Presidente timorense, vencedor do Prémio Nobel da Paz em 1996, sublinhou ainda a importância do atual Presidente angolano, João Lourenço, e de outros dirigentes angolanos na consolidação da paz e na reconciliação com a UNITA.
Foto: Cipra
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