A empresária Beatriz Franck concedeu uma entrevista ao Novo Jornal, na qual o tema central foi a sua fábrica de confecções, destacando as dificuldades que enfrentou até chegar onde se encontra hoje.
“Este é o culminar de todos os sonhos”, confessa ao falar sobre a grande conquista: a fábrica de roupas.
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Mas nem tudo foi um mar de rosas para Beatriz. Sempre sonhadora, desde criança, quando ajudava a mãe a vender bolinhos em Cabinda, nunca se deixou desabar pelas rejeições que enfrentou.
«Fiz o meu primeiro milhão de dólares quando tinha 25 anos e, aos 27, inaugurei a maior loja da província de Cabinda, com mil metros quadrados», disse a empresária.
“Fiz a minha primeira viagem ao Brasil como moambeira, comprei roupas e voltei a Cabinda com duas malas e nunca mais parei”, conta.
Foi a venda de roupas que galvanizou os negócios numa época em que rendia como nunca. Uma peça comprada a cinco dólares podia ser vendida a 80 dólares, lembra, confessando que obtinha lucros na ordem dos 100%. O prémio de Miss Cabinda, em 2003, catapultou ainda mais os negócios.
A boutique Bibi evoluiu para um centro comercial, onde se podia encontrar, além de roupas, mobiliários e eletrodomésticos. “Foi numa altura em que ganhei muito dinheiro líquido”, confessa.
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“Levei não de financiamentos de todos os bancos de Angola. Disseram-me que vestuário não é prioridade para Angola, por isso, ao longo dos anos, fui juntando o meu dinheiro, os meus lucros de exercício a cada fim de ano e fui adquirindo máquinas.”
Mas depois ficou sem capital. Foi assim que apresentou a proposta ao BAI, com as faturas de compra da maquinaria, pedindo crédito para o arranque da fábrica. O banco aceitou e o projeto arrancou.
Hoje, com 42 anos, Beatriz Franck conta com uma fábrica de confecções que emprega 120 funcionários. A segunda fase do projeto prevê que, até 2026, a fábrica cresça até dez vezes mais, empregando 15 mil pessoas.