Trinta e oito por cento dos jovens em Angola são hipertensos, sobretudo acima dos 30 anos de idade, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, a cardiologista Elisabeth Banzanga. A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crónica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
A médica, que falava à ANGOP, a propósito do Dia Mundial da Hipertensão, que hoje se assinala, referiu que um em cada cinco angolanos padece da enfermidade, representando cerca de nove milhões de habitantes.
“Devemos levar isso em consideração, pois sendo a juventude a força motriz do país, obviamente vai provocar um impacto social bastante negativo para as famílias e para a sociedade, porque a maioria dos doentes desconhece ser portador da patologia”, alertou.
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A hipertensão arterial constitui o principal fator de risco para a existência de outras doenças cardiovasculares, nomeadamente o enfarte agudo do miocárdio, insuficiências cardíaca e renal, acidentes vasculares, entre outras.
“Esses fatores diminuem a qualidade de vida e a longevidade de qualquer indivíduo, razão pela qual se deve apostar na prevenção. Uma das grandes preocupações da classe médica tem sido o crescente número de pessoas com obesidade, sedentarismo, hábitos etílicos e stress, fatores que podem ser modificados para prevenir a hipertensão”, realçou.
“A doença não tem cura, mas pode ser controlada mediante a medicação. Infelizmente muitos pacientes deixam de tomar os medicamentos por dificuldades financeiras”, lamentou, defendendo, contudo, a necessidade de o Estado subvencionar total ou parcialmente os medicamentos anti-hipertensivos, de modo a permitir que os doentes mais carenciados possam combater a enfermidade.
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