O Centro Espacial de Wenchang lançou no último domingo, 24 de julho, um foguetão de 10 andares e 23 toneladas para o espaço e não há conhecimento do local e do momento em que cairá no regresso à Terra e o desconhecimento do destino final dos detritos do foguetão está a causar polémica entre os especialistas espaciais, que, apesar de reconhecerem a baixa probabilidade de os destroços caírem em zonas habitadas, não excluem a hipótese.
Veja mais notícias sobre sociedade
Diante deste cenário preocupante, o administrador da agência espacial norte-americana NASA, Bill Nelson, acusa os chineses de não assumirem uma postura responsável perante os detritos espaciais. Por sua vez, e em resposta às acusações, Hua Chunying, representante do Governo chinês, considera que os Estados Unidos e outros países se têm preocupado excessivamente com a situação.
«Até à data, não há registo de danos causados pelos detritos caídos. Tenho visto relatórios desde o lançamento do primeiro satélite feito pelo Homem, há mais de 60 anos, e nem um único detrito caiu em cima de uma pessoa. Os especialistas americanos reconhecem que a probabilidade é menor que uma em um milhão», defende Hua Chunying.
Recorde-se que este lançamento foi a terceira viagem do foguetão Long March 5B e que já ocorreram situações perigosas envolvendo lixo espacial. Em 2020, o foguete teve como destino final a Costa do Marfim, tendo causado vários danos materiais, enquanto em 2021 os detritos da viagem espacial caíram perto das Maldivas, no Oceano Índico, onde não foram registados quaisquer danos.
Siga-nos no instagram