Segundo uma reportagem feita pelo jornalista Gabriel Veloso, da Rádio Luanda, e posteriormente confirmada pelo Serviço de Investigação Criminal(SIC), que foi notificado nesta segunda-feira, 4 de outubro, um cidadão angolano de 23 anos de idade, estudante universitário do 2° ano do curso de Medicina, cuja identidade não foi revelada, contraiu uma dívida e, na tentativa de pagar, decidiu comprar dois chips da rede Unitel no mercado informal e passou a fazer ligações aos seus próprios familiares, simulando o próprio rapto para poder extorquir destes cerca de 1 milhão de kwanzas para o resgate.
De acordo com o porta-voz do SIC Luanda, superintendente-chefe criminal Fernando de Carvalho, a atitude do indivíduo em causa deveu-se ao fato de este ter danificado um iPhone 10 de seu colega da Universidade, tendo simulado o seu próprio rapto com o objetivo de cobrir os danos causados. O mesmo mudava de voz sempre que ligava à sua família exigindo o valor em causa.
«Tudo começou pelo elemento em causa ter uma dívida relacionada com danos provocados num telemóvel de marca iPhone 10 de um colega da faculdade e, para pagamento dos referidos danos, idealizou e colocou em prática o seu próprio rapto», disse Fernando de Carvalho, tendo confirmado também que o mesmo deverá ser presente ao Ministério Público por constituir crime punível com pena de prisão, a prática abusiva de acionar os órgãos policiais.