Numa entrevista concedida à agência de notícias estatal Ria Novosti, o embaixador da Rússia em Angola, Vladimir Tararov, admitiu que as sanções ocidentais impostas ao seu país devido à guerra contra a Ucrânia têm tido um impacto na construção do segundo satélite angolano, denominado Angosat-2, mas garantiu que, apesar dos contratempos, o lançamento poderá acontecer antes do mês de agosto deste ano, sendo que não descartou também a possibilidade de o prazo se estender ao mês de setembro.
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«Tínhamos um lançamento planeado para março e estávamos empenhados em fazê-lo. Já estava tudo preparado para cumprirmos atempadamente as obrigações contratuais. Infelizmente, porém, os nossos parceiros ocidentais, aparentemente invejosos do nosso sucesso na indústria espacial, começaram a criar obstáculos», acusou o diplomata, assegurando que os testes de referência do satélite «estão agora bem encaminhados para a sua conclusão».
Vladimir Tararov fez saber que os franceses da empresa Airbus deveriam fornecer peças menores, mas bastante importantes para o satélite, os chamados «disjuntores de ondas», mas, aproveitando-se das sanções impostas à Rússia, recusaram-se a fazê-lo, o que também tornou muito mais difícil testar completamente o satélite.
As autoridades angolanas ainda não reagiram oficialmente ao assunto, pelo que podemos concluir que os planos de lançamento, na ótica do Executivo, não foram alterados.
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