A Genea Angola, uma das 50 maiores contribuintes da Administração Geral Tributária (AGT), está a considerar desinvestir em Angola devido à falta de proteção jurídica. A empresa tem enfrentado invasões repetidas de terrenos adquiridos legalmente, sem intervenção efetiva das autoridades, incluindo fiscais e agentes da Polícia Nacional.
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Paul Ang, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Genea Angola, revelou que as invasões são realizadas por indivíduos ligados a oficiais militares, policiais e pessoas influentes no governo, que, segundo ele, oferecem proteção aos invasores. Ang criticou a lentidão do sistema jurídico e os conflitos de interesse que, segundo ele, desincentivam o investimento estrangeiro. “Se a situação não melhorar, podemos abandonar o país, o que resultaria em perda de empregos”, alertou. A empresa enfrenta atualmente litígios judiciais sobre quatro terrenos, dois em Talatona e dois em Viana, o que tem impedido o avanço de novos projetos que poderiam criar cerca de 600 postos de trabalho.
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