Após visitar as futuras instalações da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o Presidente da República anunciou neste sábado, 21 de agosto, em declarações à imprensa, que as eleições gerais previstas para o próximo ano não serão adiadas.
«Ninguém faz um investimento tão grande para não dar o devido uso. Se não fizermos eleições, o que fazer da infraestrutura que custou caro aos cofres do Estado e fica pronta em abril do próximo ano?!», questionou.
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«Se fizemos o investimento, é porque vamos lhe dar a devida utilização, que é a CNE e o Centro de Escrutínio Nacional (CEN) funcionarem nessas instalações, serão as primeiras eleições em que a CNE e o CEN terão instalações próprias, portanto, não há nada de verdade na suspensão que se pretende levantar», explicou.
SOBRE A DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
João Lourenço realçou também que o plano em curso sobre a nova divisão político-administrativa não vai condicionar o processo eleitoral, porque não tem nenhuma ligação com a realização das eleições.
«Nós pensamos que é um falso problema que está a ser levantado», disse.
O Presidente da República explicou que com 18 ou 25 províncias que Angola passará a ter, quer numa situação ou noutra, o país realizará eleições autárquicas, «esse exercício que está a ser feito não é no sentido de substituir e muito menos anular a intenção que existe da realização de eleições autárquicas no nosso país, elas vão ser implantadas a nível dos municípios, independentemente do país ter 18 ou mais províncias».