O presidente do Ruanda, Paul Kagame, declarou que o país está pronto para lidar com um possível confronto com a África do Sul. A afirmação surge após conversas com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sobre a situação no leste da República Democrática do Congo (RDC). Kagame criticou declarações públicas de autoridades sul-africanas, afirmando que contêm distorções e ataques deliberados.
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Kagame fez questão de esclarecer pontos importantes sobre a atuação militar na região. Segundo ele, a Força de Defesa de Ruanda é um exército legítimo, e o SAMIDRC — força autorizada pela SADC — não deveria estar envolvido na situação, uma vez que age como força beligerante em operações ofensivas. Além disso, destacou que essa presença militar prejudicou os processos de paz e deslocou a força regional da Comunidade da África Oriental.
O presidente ruandês negou que Ramaphosa tenha feito qualquer “aviso” e esclareceu que os soldados sul-africanos mortos na região foram vítimas das FARDC, e não do grupo M23. Kagame frisou que Ruanda está aberto a soluções pacíficas, mas não hesitará em responder a um eventual confronto.
“…Se a África do Sul quiser contribuir para soluções pacíficas, isso é muito bom, mas a África do Sul não está em posição de assumir o papel de pacificadora ou mediadora. E se a África do Sul preferir o confronto, Ruanda lidará com o assunto nesse contexto a qualquer momento”, escreveu o presidente do Ruanda em um longo texto na redes sociais.
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