A seleção angolana de futebol está retida no aeroporto internacional El Hadj Omar Bongo Ondimba, em Franceville, no Gabão, há mais de duas horas, segundo denunciou a Federação Angolana de Futebol.
De acordo com José Carlos Miguel, vice-presidente da FAF, as autoridades gabonesas exigem a realização de teste à covid-19 RT/PCR à delegação angolana, numa altura em que, no local, não há qualquer equipa sanitária para o efeito.
“Estamos no aeroporto há mais de duas horas, numa sala sem climatização e sem cadeiras para sentar. Não conseguimos sair porque eles dizem que vem uma equipa sanitária, mas que nunca chega. Eles colocaram militares à volta do aeroporto para que não circulemos. Isso é um absurdo” denunciou o responsável.
O técnico do conjunto nacional, Pedro Gonçalves, apelou à intervenção da FIFA.
“É lamentável o que estamos aqui a passar. Eles ameaçaram-nos em Luanda dizendo que íamos sofrer represálias, pelo facto de termos exigido a apresentação dos seus testes antes do jogo. A FIFA e a CAF têm de intervir. É lamentável. Já sabíamos que nos iriam complicar, por isso nos preparamos bem do ponto de visto logístico. Não sabemos que horas vamos ao hotel, nem mesmo que horas vamos dormir”, disse.
Angola e Gabão defrontam-se amanhã, para a 4ª jornada de apuramento ao Mundial Qatar2022, a partir das 14 horas.
O grupo é liderado pelo Egito, com sete pontos, seguido pela Líbia, com seis, Angola em terceiro com três pontos e o Gabão é último, com um.