O número de estudantes que se recusam a regressar a Angola após o término da formação em Portugal tem registado crescimento. A situação preocupa o Presidente da Associação dos Estudantes Angolanos, Silva Pedro, que, em declarações à Rádio Ecclesia, nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, revelou que a razão desta rejeição baseia-se na falta de oportunidades no mercado de trabalho angolano e também nos salários pouco atractivos.
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«Vai-se notando que muitos estudantes, quando terminam a sua formação, optam por ficar mesmo a trabalhar. Alguns três, dois anos atrás tem-se verificado muito isso, os estudantes querem regressar, mas também estão com receio de o mercado angolano e o salário não serem atractivos pra eles», afirmou Silva Pedro.
Na ocasião, o Presidente disse ainda que há o caso de estudantes que, mesmo estando em Portugal, ficam atentos ao mercado angolano para ver se surge alguma oportunidade de trabalho no país, realidade que parece ser rara, dado o facto de que, segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a comunidade angolana em Portugal aumentou de 16.854, em 2017, para mais de 30 mil, em 2022.
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