A Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) cortou na última segunda-feira, 12 de setembro, o abastecimento de água ao terminal doméstico do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, após seis meses de pagamentos em atraso e, além de levar os contadores, a EPAL partiu a torneira que assegura a ligação entre o terminal doméstico e a rede pública, inviabilizando qualquer tentativa de reposição da água sem pagamento, de acordo com informações avançadas nesta quarta-feira, 14 de setembro, pelo jornal Expansão.
Segundo apurou o Expansão, que cita uma fonte do aeroporto, o terminal de voos internacionais também está sem água da rede pública, mas há mais de cinco anos. Se o pagamento não for regularizado, toda a infraestrutura aeroportuária passa a depender de água de camiões cisternas, solução encontrada há cinco anos para assegurar água na principal área do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
O diretor de comunicação da EPAL, Vladimiro Bernardo, admitiu que o corte do fornecimento de água é uma medida que visa pressionar o aeroporto a liquidar ou negociar a amortização da dívida. Sem avançar o montante, limitou-se a dizer que o pagamento está atrasado há mais de seis meses, três vezes mais do que o prazo de dois meses de atraso permitido pelo contrato.
Por sua vez, questionado pelo Expansão, o presidente da comissão executiva da SGA – Sociedade Gestora dos Aeroportos, Nataniel Domingos, disse que o corte de água no terminal doméstico resulta da pressão que a EPAL está a fazer junto dos seus clientes, mas nega que o terminal doméstico tenha ficado sem água.